Amar é brega!

O amor é brega. Eis o fato! Fernando Pessoa estava certo quando afirmou que todas as cartas de amor são ridículas. E ai de quem afirmar o contrário! O amor está para a breguice bem como o Brasil está para a Copa de Futebol!

O dilema está no fato de que ser brega, para alguns, pode ser chic! Isso porque as pessoas bregas não se consideram como tais [pois, se assim soubessem, desistiriam de sê-lo]. Ser brega é bonito para quem se olha no espelho. E a breguice possui suas próprias regras, que ninguém entende... bem como no amor! A breguice e o amor se sobrepõem a todas as questões de certo ou errado, vulgaridade e pureza, simplicidade e sofisticação. Ambos ignoram a opnião alheia. Ambos limitam-se ao seu próprio bom senso. E é por isso, talvez, que para Drummond "amor foge a dicionários e a regulamentos vários".

Como diria Cazuza "o amor é brega escovando os dentes de manhã". O amor é brega nas carícias, no ciúmes, nas chantagens, nos beicinhos, no olhar, nos apelidos e em sua 'platonicidade', o amor é brega escrevendo na areia. E o que seria do Cd´s de Roberto Carlos se o amor não fosse brega?

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Mas, se o amor é brega, eu sou brega também. Porque amo em palavras e mímicas... porque amo com força e intensidade... porque amo de todas as formas e em todo o tempo. E, se o amor é brega, essa será portanto a única breguice a qual me submeterei viver e, como cantou Cazuza "vamos comer pipoca, porque o amor é brega."

Ps: a imagem escolhida é tão brega quanto o amor!

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